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Curso 10 - Avaliação e mensuração da dor: pesquisa, teoria e prática

Curso 10 - Avaliação e mensuração da dor: pesquisa, teoria e prática

Ministrantes:
José Aparecido da Silva (Universidade de São Paulo)

Dia 21 de Outubro (terça-feira) das 8h00 às 12h00     

 

RESUMO:

  A partir da década de 90, ador tem sido considerada o “quintosinalvital” na literaturamédica. Seuregistrorotineiro, após a temperatura, pulsação, pressão arterial e respiração, constitui-se numa imprescindívelresponsabilidadeclínicaparaminorar, adequadamente, o sofrimento dos pacientes. Porcausa disso, escalas de mensuração de dor, especialmente, as de categoria numérica, verbalou facial, foram incorporadas aos variados contextosclínicos, tornando-se, muitas delas, popularespara os diferentesprofissionais da saúdequefreqüentemente usam-nas paramensurar e avaliar a dor. Dor esta que, registrada como “quintosinalvital” de acordocom os registros dos pacientes, varia emseveridade ao longo do tempo, pareando o fenômenocomoutrosparâmetrosclínicosobjetivos. 

           Porsuanaturezasubjetiva, a sensação de dornão pode serobjetivamentedeterminadaporinstrumentosfísicosque, usualmente, mensuram diretamente o pesocorporal, a temperatura, a altura, a pressão arterial e a pulsação. A despeito disso, a mensuração da dor é extremamenteimportante no ambienteclínico, pois se torna impossívelmanipularumproblema desta naturezasemter uma medidasobre a qualbasear o tratamentoou a condutaterapêutica. Semtalmedida, torna-se difícildeterminar se umtratamento prescrito é necessário, eficaz, ou, atémesmo, quando deve serinterrompido. Com uma mensuração da dorapropriada torna-se possíveldeterminar se os riscos de umdadotratamento superam os danos causados peloproblemaclínico e, também, permite-se escolherqual é o melhor e o maisseguroentrediferentestipos de condutaterapêutica. Ao lado disso, pode-se fazerummelhor acompanhamento e análise dos mecanismos de ação de diferentesdrogas analgésicas.

          Vários métodos têm sido utilizados para mensurar a percepção/sensação de dor.  Alguns métodosconsideram a dor como uma qualidade simples, única e unidimensional que varia apenas em intensidade, mas outros a consideram como uma experiência multidimensional composta também por fatores afetivo-emocionais. Os instrumentos unidimensionais são designados para quantificar apenas a severidade ou a intensidade da dor e têm sido usados freqüentemente em hospitais e/ou clínicas para se obter informações rápidas, não invasivas e válidas sobre a dor e a analgesia. Os instrumentos multidimensionais, de outro lado, são empregados para avaliar e mensurar as diferentes dimensões da dor a partir de diferentes indicadores de respostas e suas interações. As principais dimensões avaliadas são a sensorial, a afetiva e a avaliativa.  Algumas escalas multidimensionais incluem indicadores fisiológicos, comportamentais, contextuais e também os auto-registros por parte do paciente.

           Neste curso, pretende-se discutir e analisar as escalas de mensuração e avaliação da dor em contextos clínicos e de pesquisa, bem como, analisar como educar pacientes para registrarem e comunicarem, usando diferentes descritores, suas diferentes manifestações dolorosas. Ademais, os mecanismos e/ou processos subjacentes à dor serão considerados.

 

Leituras básicas

Da Silva, J.A., & Ribeiro-Filho, N.P. (2006).  Avaliação e Mensuração de Dor: Pesquisa, Teoria e Prática. Ribeirão Preto: FUNPEC-Editora.

Da Silva, J.A. Ribeiro-Filho, N.P., & Matsushima, E. H. (2010). Mensurando o Quinto Sinal Vital: A Dor. Ribeirão Preto: FUNPEC-Editora

 

SAÚDE : Psicologia da Saúde